#GrowthBriefing16 | Os 4 “superpoderes” dos OKRs - Resumo do livro "Avalie o que importa" de John Doerr
Newsletter do dia 07/09/2020. Sempre às 8h da manhã em ponto :)

Resumo do Livro
O lendário capitalista de risco, John Doerr, revela como o sistema de Objetivos e Resultados-chaves (OKRs) ajudou gigantes da tecnologia, como Intel e Google, a alcançarem um crescimento exponencial — e como ele pode ajudar qualquer organização a prosperar.
No outono de 1999, John Doerr se reuniu com os fundadores de uma startup, a quem ele acabara de doar 12,5 milhões de dólares, o maior investimento de sua carreira. Larry Page e Sergey Brin tinham uma tecnologia incrível, energia empreendedora e ambições altíssimas, mas nenhum plano de negócios real. Para o Google mudar o mundo (ou mesmo sobreviver), Page e Brin tiveram que aprender a fazer escolhas difíceis para manter a equipe no caminho certo. Eles teriam que saber quando interromper propostas destinadas a falhar. E precisavam de dados oportunos e relevantes para acompanhar o progresso — para avaliar o que importava.
Doerr ensinou-lhes sobre uma abordagem comprovada de excelência operacional: Objetivos e Resultados-chave. Ele havia descoberto os OKRs na década de 1970 quando atuava como engenheiro da Intel, onde o lendário Andy Grove ("o maior administrador de sua ou de qualquer outra época") dirigia a empresa mais bem-sucedida que Doerr já tinha visto. Mais tarde, como capitalista de risco, Doerr compartilhou as ideias de Grove com mais de cinquenta empresas e onde quer que o processo fosse fielmente praticado, funcionava.
Nesse sistema, os objetivos definem o que se busca alcançar e os resultados-chave são como esses objetivos de prioridade máxima serão atingidos com ações específicas e mensuráveis dentro de um prazo definido. As meta são transparentes para toda a organização, do porteiro ao CEO.
Os benefícios são profundos. Os OKRs concentram esforços e promovem a coordenação. Eles mantêm os funcionários no caminho certo, unificam e fortalecem toda a empresa. Por consequência, os OKRs aumentam a satisfação no local de trabalho e aumentam a retenção.
Avalie o Que Importa compartilha uma ampla gama de estudos de caso, com narradores incluindo Bono e Bill Gates, para demonstrar o foco, a agilidade e o crescimento que os OKRs tem estimulado nas grandes organizações. Este livro ajudará uma nova geração de líderes a capturar a mesma energia.
Ao longo do livro, o autor John Doerr lista e explica em detalhes quais são os 4 “superpoderes” dos OKRs e como eles funcionam na prática.
Vamos ver cada um deles:
Superpoder n° 1 — Foco e comprometimento com as prioridades
Toda empresa de alta performance se concentra no que realmente importa e são bem esclarecidas sobre o que não importa.
Menos é mais.
Como disse o ex-CEO da Intel e pai dos OKRs:
“Alguns poucos objetivos extremamente bem escolhidos transmitem uma mensagem clara ao que dizemos ‘sim’ e ao que dizemos ‘não’” — Andy Grove
Avaliar o que importa começa com a pergunta:
“Qual é a coisa mais importante para os próximos três (seis, ou doze) meses?”.
Um limite de três a cinco OKRs por ciclo leva à escolha do que mais importa. Cada objetivo deve estar vinculado a, no máximo, cinco resultados-chave.
O segredo aqui é definir metas de baixo para cima na hierarquia da empresa.
Equipes e colaboradores que criam aproximadamente metade de seus próprios OKRs — em consulta com seus gestores — têm mais engajamento e motivação.
Superpoder n° 2 — Alinhamento e conexão em prol do trabalho em equipe
Se você colocar duas pessoas em um barco e uma remar para o leste e outra para o oeste, elas vão gastar muita energia sem sair do lugar.
Estudos recentes apontam que apenas 7% dos colaboradores entendem as estratégias de negócios da empresa e o que se espera deles para atingir as metas.
CEOs ao redor do mundo não cansam de dizer que a falta de transparência e de alinhamento são os principais obstáculos de estratégia e execução.
No dia a dia, tudo parece importante. Tudo parece urgente. Mas o que realmente precisa ser feito?
A resposta está em OKRs focados e transparentes.
No Google, por exemplo, todos podem ver os Objetivos e Resultados-Chave de todos, inclusive dos grandes gestores e do CEO.
Todos conseguem ver o que está acontecendo. Isso sim é transparência, e gera maior engajamento.
Superpoder n° 3 — O acompanhamento da responsabilidade
Ao contrário do que acontece em muitas empresas tradicionais, que definem metas e acabam deixando elas guardadas na gaveta, os OKRs são como organismos vivos.
Eles podem ser acompanhados e depois revistos ou adaptados ao longo do caminho.
OKRs não exigem um acompanhamento diário. No entanto, check-ins regulares — preferencialmente semanais — são essenciais para evitar qualquer tipo de desvio.
Em um feito estudo na Califórnia, colaboradores que registraram suas metas e enviaram relatórios de progresso semanais para um colega atingiram 43% mais de seus objetivos do que aquelas que simplesmente pensaram nas metas, mas não compartilharam com ninguém.
Para gerar melhores resultados, os OKRs costumam ser examinados várias vezes por trimestre pelos colaboradores e seus gestores.
O progresso é relatado, os obstáculos são identificados e os resultados-chave são refinados.
Superpoder n° 4 — O esforço pelo surpreendente
O maior risco de todos é não assumir riscos.
Objetivos conservadores impedem a inovação, e empresas que não inovam acabam desaparecendo do mapa.
Os Resultados-Chave de um OKR bem elaborado nos empurra para muito além da nossa zona de conforto.
Estudos indicam que, embora os indivíduos com metas muito difíceis atinjam seus objetivos com menos frequência do que aqueles com metas fáceis, eles apresentam um nível de desempenho mais alto do que os outros.
Ou seja, quanto mais difíceis são as metas, maior será o nível de desempenho de cada um na equipe.
Assista o TED Talks “Por que o segredo do sucesso é definir as metas certas” do autor John Doerr:
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